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A música eletrônica tem dono?

No Tomorrowland Brasil, o público vibrou na pista, mas brigou no chat

por Fabrício Lopes - 14/10/2025




Afinal, o que é música eletrônica?

O Tomorrowland Brasil 2025 acabou, mas deixou uma pergunta que continua ecoando nas pistas, nos chats e nas rodas de conversa: afinal, o que é — e o que não é — música eletrônica?

Tudo começou quando o DJ dinamarquês Kölsch soltou uns samples de funk brasileiro no meio do set. A galera no Parque Maeda dançou sem pensar duas vezes. Mas, na transmissão online, o clima esquentou. Enquanto uns elogiavam a mistura, outros torciam o nariz: “Funk não é eletrônico”, “isso não combina com o festival”, “cadê o techno de verdade?”.

E aí ficou a dúvida no ar — será que existe mesmo um “som certo” pra se tocar numa rave?

 Música eletrônica tem dono?

A treta reacendeu um debate antigo: será que a música eletrônica precisa seguir regras? Ou ela continua sendo o que sempre foi — um espaço pra experimentar, misturar e reinventar?

Se a gente lembrar das origens, tudo começou com máquinas, batidas repetitivas e curiosidade sonora. O funk, o house, o techno, o breakbeat — todos vieram da mesma inquietação: “E se eu pegar esse som e transformar em outra coisa?”

O funk brasileiro nasceu nas periferias, mas com os mesmos ingredientes das pistas gringas: bateria eletrônica, sample, groove digital e muito sentimento. A diferença é que ele carrega a cara e o sotaque daqui.

E vale um ponto importante: muito do preconceito com o funk vem das letras, que às vezes são explícitas e diretas. Mas a contradição é que outros estilos internacionais — do rap americano ao pop europeu — também falam de sexo, ostentação e desejo, só que em outra língua. O que muda, talvez, é quem está dizendo e de onde vem o som.

 Puristas vs. Misturadores

Dentro da cena, o choque é real. Tem quem ache que cada estilo deve ter seu espaço: techno é techno, trance é trance, funk é funk. Mas também tem uma galera que acredita que misturar é o que mantém a música viva.

O Tomorrowland é conhecido por celebrar a diversidade — e talvez justamente por isso cause esse tipo de reação. Afinal, é fácil aplaudir a mistura quando ela vem da Europa… mas quando a batida tem sotaque brasileiro, o papo muda.

 No fim, o beat é o mesmo

Polêmica à parte, o debate é válido. A Central DJ segue de olho nessa conversa, ouvindo todos os lados e deixando a pista aberta pra cada um tirar sua própria conclusão. No fim das contas, o que importa é o som continuar rolando — e a galera seguir dançando junto, cada um no seu ritmo.

E você, o que acha? Funk é música eletrônica ou não? Conta pra gente no grupo oficial da Central DJ no WhatsApp e entra nesse debate com a galera que vive o som de verdade.

Entre no grupo e diga o que você pensa!


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