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40 anos chegando

Os clássicos da música eletrônica de 1986 que continuam mais vivos do que nunca

por Fabrício Lopes - 16/12/2025



Completar 40 anos costuma assustar muita gente. Para uns, é crise. Para outros, é maturidade. Mas, na música eletrônica, fazer 40 anos é sinal de que o som deu certo. Significa que resistiu ao tempo, atravessou modas, sobreviveu a tecnologias que ficaram pelo caminho e ainda segue tocando forte em rádios, pistas e playlists.

Estamos em dezembro de 2025, às vésperas de 2026, e isso significa que uma safra histórica da música eletrônica está prestes a completar quatro décadas. O ano de 1986 foi um divisor de águas. Foi ali que o eletrônico deixou de ser apenas algo experimental ou alternativo e passou a ocupar, de vez, o centro da cultura pop e da vida noturna.

A lista de músicas lançadas em 1986 é enorme. Enorme mesmo. Tem faixas que dominaram paradas, sons que nasceram no underground, músicas que viraram hinos de pista e outras que talvez você não lembre o nome, mas já ouviu em versões, samples e remixes ao longo da vida. Aqui na Central DJ, a gente resolveu fazer um recorte. Não porque o resto não importa, mas porque algumas faixas ajudam a contar essa história de forma mais clara.

West End Girls, do Pet Shop Boys, é um desses marcos. A música mostrou que o eletrônico podia ser pop sem ser raso, sofisticado sem ser distante. A batida contida, o baixo elegante e o vocal quase falado criaram uma atmosfera urbana que segue atual até hoje. Em 1986, West End Girls provou que era possível unir pista, rádio e conceito em uma mesma faixa. Quase 40 anos depois, continua sendo referência de elegância eletrônica.

No mesmo período, o New Order lançava Bizarre Love Triangle, uma música que ajudou a ligar definitivamente o pós-punk à cultura de pista. Os sintetizadores marcantes, a melodia melancólica e a estrutura pensada para dançar fizeram da faixa um clássico que nunca saiu de circulação. Bizarre Love Triangle atravessou décadas sendo tocada, remixada e redescoberta, sempre funcionando, seja no rádio, seja na pista.

Nos Estados Unidos, a eletrônica ganhava outra cara com Mantronix. King of the Beats é energia pura. Batidas eletrônicas fortes, samplers e uma ligação direta com o hip hop e a cultura urbana. Em 1986, Mantronix foi fundamental para aproximar definitivamente a música eletrônica do rap, influenciando estilos como electro, freestyle e Miami bass. King of the Beats não era só diversão, era identidade sonora.

Já Headhunter, do Front 242, mostrou que a música eletrônica também podia ser mais dura, industrial e direta, sem perder impacto na pista. Lançada em 1986, a faixa se tornou um dos maiores símbolos do EBM. Com sua repetição hipnótica, vocais marcantes e clima quase militar, Headhunter influenciou o techno, o industrial e várias vertentes da eletrônica que viriam depois. Mesmo hoje, quando toca, o efeito é imediato.

E vale reforçar: essas são apenas algumas escolhas dentro de uma lista gigantesca. 1986 também nos deixou faixas como The Great Commandment, do Camouflage, Human, do The Human League, Sometimes, do Erasure, I Can’t Wait, do Nu Shooz, além de momentos importantes de artistas como Depeche Mode, que continuava expandindo os limites do eletrônico naquele ano.

Agora, às portas de 2026, essas músicas estão prestes a completar 40 anos. E o mais curioso é que elas não soam velhas. Soam vivas, atuais e cheias de energia. Celebrar esse aniversário é reconhecer que o futuro da música eletrônica começou a ser desenhado ali.

Na Central DJ, a gente acredita que música boa não envelhece. Ela ganha história. E algumas faixas, como essas de 1986, chegam aos 40 prontas para continuar comandando a pista por muito tempo.


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